Foi curato da apresentação do Cabido da Sé de Lisboa. Pertenceu ao concelho de Óbidos e passou, por Decreto de 7 de Setembro de 1895 para o concelho de Caldas da Rainha.
Segundo a população local o inicio de A-dos-Francos, foi no séc.IX, mas outros acreditam ter sido no séc. XII.
Não há uma opinião fixa quanto às circunstancias ou factores relativos á sua génese.
Todos concordam em dizer que esta foi doada aos franceses.
A primeira corrente defende que, A-dos-Francos teria sido um território oferecido aos franceses, por D. Afonso Henriques entre 1140 e 1148, como recompensa pela sua colaboração na conquista de Lisboa, aos mouros.
A segunda, que teria sido oferecido aos franceses, por D. Sandro I quando do povoamento das terras conquistadas aos mouros.
Existem testemunhos de ordem toponímica e antroponímica, dos quais a população local se orgulha muito, mesmo com tantos séculos passados:
- O lugar chamado Bretões, nome com origem na época das cruzadas;
- O casal dos Sesmarias, com origem em 1375, na Lei das Sesmarias;
- A família Ginós, em Vila Verde de Matos que se pensam ser, descendentes dos soldados de Junot.
A primeira freguesia de A-dos-Francos chegou a ser constituída por toda a área hoje ocupada por esta e pela freguesia do Landal, por ser um espaço territorial muito grande, houve necessidade de se constituir dentro da mesma e sem a desmembrar, um curato formado por toda a actual área do Landal.
Por volta de finais do séc. XVIII, inicio do séc. XIX, esta freguesia sofre um grande impulso económico e cultural, o que está ligado ao Sr. Arthur Peixoto Ferreira de Landal, filho do Visconde de Landal.
Por decreto de lei de 7 Setembro de 1895, esta freguesia que pertencia ao concelho de Óbidos, passa para o concelho de Caldas da Rainha.
A-dos-Francos é percorrido por diversos ribeiros, com pouco caudal e pelo rio Arnóia.
A população estava distribuída na freguesia por influência do solo. As terras mais férteis eram utilizadas para agricultura e as restantes para habitação.
A freguesia é constituída por pequenos casais, situados ao redor da sede de freguesia.
De 1900 a 1960 houve um acréscimo demográfico.
A partir de 1970 até 1981 verificou-se um decréscimo do número de habitantes, causado pelos movimentos migratórios.
Em 1981 esta aldeia tinha 1975 habitantes, o que corresponde a uma densidade de 94,9 habitantes por km2.
Em 1983 verifica-se um aumento de habitantes com o regresso dos emigrantes.
Em 1981, esta freguesia era constituída por 668 fogos. Em geral as casas eram baixas, pequenas, a grande maioria com chaminés, sem relevos arquitectónicos significativos. Mas ainda havia muitas casas em ruínas, outras em avançado estado de degradação, a casa tradicional por norma desapareceu, dando lugar a outro tipo de habitação onde outros materiais eram utilizados, verifica-se assim existir uma mistura entre o campo e a cidade.
A população dedicava-se essencialmente á agricultura. Trabalho mais frequente no sexo masculino, que era pago com 1.000$00 por dia, no entanto, muitas mulheres e também crianças, ajudavam nos trabalhos agrícolas.
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